terça-feira, 28 de setembro de 2010

Momento Twilight

Todo mundo em casa e alguns amigos sabem que me apaixonei pelos livros,
(pelos filmes também!) da Saga Crepúsculo.
Sei que muitas pessoas, acho que a maioria com as quais convivo,
acham que é muita idiotice da minha parte, mas eu gosto e pronto.
Não me incomoda nem um pouco que o meu espírito e a minha mente 
não tenham a mesma idade do meu corpo.
Li os livros e assisti aos filmes com um olhar de adolescente, um olhar romântico, sonhador, 
é um momento da vida onde tudo parece possível.
No meu entender manter este olhar adolescente da vida  
é o que te faz viver bem, que permite envelhecer legal e curtir a vida .....
Enfim, brincando de novo no movie maker, 
catei umas fotos de auroras boreais
e embalei-as ao som de Bella's Lullaby 
música da trilha sonora de Twilight ou Crepúsculo como queiram.
Ainda não acertei o tempo das fotos direitinho como pretendo,
 mas acho que tá bom.
Como hoje ainda é terça-feira, uma boa semana à todos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera & Beijos & Filmes & Música

Então, hoje começou a primavera e fiquei pensando que para mim primavera lembra romance, romance beijos, beijos de cinema, filmes ... sei lá .... pensei na música do Tim Maia e pesquei umas imagens na internet e estreei o  movie maker do meu computador e até que gostei do resultado.
Então para vocês Primavera & Beijos. Sonhem garotas e garotos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Florence + The Machine 'Rabbit Heart (Raise It Up)' - Out now!



Tradução da Letra (não fui eu quem a fez, mas parece OK)

Rabbit Heart (Raise it up) - Florence and the Machine
O espelho tão brilhante e novo

Quão rápido o encantamento desaparece
Eu começo a rodar, a fugir do tempo
Essa foi a pílula errada a tomar? (Levante)
Você fez um acordo e agora parece que você tem algo a oferecer
Mas isso será sempre o suficiente? (Levante, levante)
Não é o suficiente (Levante, levante)
Aqui estou eu, uma garota com um coração de coelho
Congelada
Parece que eu cometi o sacrifício final
Nós levantamos essa oferta
Isso é um dom que vem com um preço
Quem é o cordeiro e quem é a faca?
Midas é o rei e ele me segura bem forte
E me transforma em ouro sob a luz do sol
Eu olho em volta mas eu não consigo te achar (Levante)
Se eu somente pudesse ver o seu rosto (Levante)
Ao invés de correr para o horizonte (Levante)
Eu queria apenas ser valente
Eu devo me tornar uma garota com um coração de leão
Pronta para uma briga
Antes que eu cometa o sacrifício final
Nós levantamos essa oferta
Isso é um dom que vem com um preço
Quem é o cordeiro e quem é a faca?
Midas é o rei e ele me segura bem forte
E me transforma em ouro sob a luz do sol
Levante, levante
E na fonte do rio, eu arranco a minha pele
E ela vai embora com o vento inconstante
E a água se transforma de azul para vermelha
E para o céu eu a ofereço
Isso é um dom que vem com um preço
Quem é o cordeiro e quem é a faca?
Midas é o rei e ele me segura bem forte
E me transforma em ouro sob a luz do sol
Isso é um dom

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cazuza - O Nosso Amor a Gente Inventa



A inspiração

“O teu amor é uma mentira / Que a minha vaidade quer / E o meu, poesia de cego / Você não pode ver”
(Cazuza)

Minha audácia - Espectro


Não era o brilho da lua que roubava minha atenção.
Eram teus olhos, faróis iluminando meu espectro,
subjugando minha alma.
Nem era o uivo do lobo que fazia meu corpo arrepiar.
Era sim tua voz em sussurro pronunciando meu nome.
Foi assim o nosso começo, o tudo que não aconteceu,
o nosso fim.

Fim? Que nunca chega,
paixão que nunca termina,
Sem ao menos ter começado.
Atração irresistível, que não cessa
e que não deixa espaço para paz.

Se te penso, sinto ainda todos meus elétrons desorbitarem.
Sossego? apenas quando se juntam aos teus.
Se não te penso, como não te pensar?
Ah...Esta distância que não existe, este tempo que não passou.
O amor que nunca aconteceu é a paixão que me mantém viva.
Porque teimas em se fazer pesadelo nas minhas noites (que não são tuas)?
Porque te fazes tão presente? Se nem sei se existes.
Meu coração entra em descompasso cada vez que ouso pensar teu nome.
Persegues-me como um fantasma, como um demônio.
Ou seria um anjo tentando me mostrar um caminho de salvação.
Não sei dos teus caminhos,
nem sei dos teus amores,
não faz diferença.

Sei de mim, doidivanas,
que ainda te sente, te abraça.
Te espera.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Madrugada de Segunda-feira

um poema de Hilda Hilst:

Vem dos vales a voz. Do poço.
Dos penhascos. Vem funda e fria
Amolecida e terna, anêmonas que vi:
Corfu. No mar Egeu. Em Creta.
Vem revestida às vezes de aspereza
Vem com brilhos de dor e madrepérola
Mas ressoa cruel e abjeta
Se me proponho ouvir. Vem do Nada.
Dos vínculos desfeitos. Vem do Nada.
Dos vínculos desfeitos. Vem dos ressentimentos.
E sibilante e lisa
Se faz paixão, serpente, e nos habita.

um poema de Elaine Brunialti
VIDA
Sansara,
A roda da minha vida.
Vivendo, morrendo, vivendo.
Eternamente.
Presa a armadilha ilusória.
Pensando-me ser vivente.
Morrendo, entretanto, sempre.
Ilusão da vida diária.
Onde o suicídio é contínuo.
Vivo, sem saber-me morto.
Morto, sem saber-me vivo.
Mas sabidamente preso,
a minha sansara.
Que por livre e espontânea culpa,
Prendi-me.
BOA SEMANA A TODOS - SEJAMOS FELIZES

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Talismã - um texto antigo de 2004


Sobre a cama desfeita deixou o antigo pingente, onde um dia se encontravam quatro pequenas luas. Hoje restava apenas uma, a negra, a nova que incoerentemente não representava o novo, o reinício e sim o fim, talvez por isso negra...

...julho corria tranqüilo e frio, o silêncio da noite era quebrado apenas quando as ondas arrebentavam ultrapassando o quebra-mar, fato comum nas noites de lua plena, e ao atingirem seu clímax com um enorme estrondo costumava causar medo. Apreciar aquele momento do alto do penhasco era o melhor se que podia fazer antes de romper definitivamente com o passado.

Ao longo daqueles dez anos pouco havia mudado naquele cenário, as luzes distantes da cidade a sudeste e a esquerda a pequena vila de pescadores, hoje quase extinta.

Minha alma voltou aos dias em que a vida não era nada mais senão riso e brincadeira, férias eternas, entre a pequena aldeia e o imponente chalé do alto da Escarpa Carmim, como era chamada a falésia que se erguia majestosa há poucos quilômetros da vila.

Agora a visão da casa não passava de um fantasma que tentava desesperadamente se manter erguido, almejando inutilmente escapar do tombo fatal e ali também morreriam todas as recordações que agora a faziam sofrer. Tudo começou com o pequeno talismã e tudo terminaria com ele.

Por 10 anos viveram tudo que poderia ser vivido e fizeram tudo o que poderia ser feito para eternizarem a felicidade, onde o destino era traçado, onde as paixões eram vividas, onde não se esperava por nada nem por ninguém. A vida era assim sem cobranças, sem traumas, sem medos, sem pecados.

A vida era vivida e vívida, como costumavam dizer. A única regra: a verdade fosse ela qual fosse.

Daí o talismã, um pingente, quatro luas, quatro fases, quatro vidas uma para cada lua, unidas pelo amor e pela verdade.

A primeira lua se foi quando Ana se apaixonou, foi-se a lua cheia. Assim, Raquel que um dia foi crescente trocou com Maria, pois queria ser minguante para morrer, mas longe dali sobreviveu.

Maria me jurou amor eterno, fosse a sua lua qual fosse, mas ao receber a lua crescente desejou que lhe crescesse o ventre como a lua que tinha no peito, para isso outro amor e o ventre livre para conceber.

Assim fiquei nova e só, revivendo todas as fases que agora só a mim pertenciam e que minhas lembranças faziam sempre se renovar. Há pouco soube que minha Maria, meu bem querer, e todo o seu brilho crescente também se foi. De seu ventre outra Maria brilhou, mas o destino impiedoso, em troca, a levou. Assim de nova me fiz lilith.

Nada me resta a não ser abandonar esta vida, entregando-me a noite fria, a fase negra - onde nada vive, onde nada temerei, onde a saudade não existirá e o amor perecerá para sempre.

Na cama o último sonho do amor, o último fantasma, a última gota de perfume, a última lágrima de saudade, a última esperança do retorno.

Em algumas semanas sentiriam minha falta. Na casa encontrariam uma cama desfeita uma foto, em preto e branco, rasgada e um pingente onde uma lua nova jazia sozinha. Talvez procurem por mim, talvez não, afinal eu sempre dizia: - qualquer lua dessas partirei também...

... sobre a cama desfeita deixou o antigo pingente, onde um dia se encontravam quatro pequenas luas, quatro vidas, quatro amores. Restou apenas uma - a negra.
Na pequena vila de pescadores corre a lenda de que aquela que não aceitou a verdade e se matou por amor vaga errante através das falésias nas noites de lua nova a espera de sua Maria.

2004 Elaine Brunialti

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

7 de Setembro


Ontem, foi Sete de Setembro.

Lá nos idos de 1822 às margens do riacho do Ipiranga, em um lindo cavalo branco, segundo Pedro Américo retratou, ou, como dizem as más línguas com uma diarréia infernal e usando um burro como meio de transporte, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil do jugo de Portugal.

Aí, teve aquele lance de pagar para Portugal e o tal empréstimo junto à Inglaterra e a nossa primeira dívida externa, sem contar que para o povão tudo continuou na mesma, como sempre.

Será por isso que, hoje em dia, nós não comemoramos mais o Sete de Setembro?

Os desfiles e qualquer outra comemoração são quase esquecidos pela maioria de nós, eu teimosamente ainda procuro em vão a transmissão pela TV dos desfiles ao vivo, coisa do passado, coisa ao que parece de 1822.
Fico me perguntando até quando o Sete de setembro será apenas um feriado prolongado para que possamos congestionar estradas, aeroportos e termos ruas interditadas para reclamação geral da nação.

Quando eu estudava, tá certo era período de ditadura militar, usavamos um lacinho verde e amarelo preso na blusinha branca, enfeitávamos as salas e alguns carros prendiam fitinhas nas antenas dos carros.

Na rua onde morei um vizinho desfraldava entre as pilastras da pequena varanda, típica da arquitetura dos anos 50, a bandeira brasileira. Eu achava o máximo! Onde está esse sentimento de Pátria? De que este solo é nosso, é nossa responsabilidade e que este País depende de nós, de todos nós.

As eleições estão aí e vemos tiriricas, jucaschaves (até tu tatu???!), mulheres frutas desfrutáveis e todos àqueles que estão lá mamando nas tetas da terra brasilis e que nada fazem. Porque nós também, ou pelo menos a maioria de nós e me incluo sim nesta maioria, nada fazemos.

Mas desviei do Sete de Setembro. Das comemorações que eu gostaria de ver pelas ruas, com janelas coloridas de verde e amarelo, mais bandeiras pintadas no chão do que em época de copa do mundo, no hino cantarolado assim à toa só por ser Sete de Setembro.

Esperando os meios de comunicação deixar a programação de lado para mostrar ao vivo (por algumas horas como foi antigamente) as comemorações. Quem sabe assim o povo fosse retomando um amor diferente pela Pátria e pelo dia de sua Independência, mesmo que a nossa tenha sido sem graça, sem grandes lutas e paga.

E por fim, ainda fico devendo aos céus o pecado da inveja enorme que sinto dos americanos em seu Quatro de Julho e dos franceses em seu Quatorze de Julho.

E prometo a mim mesma que no ano que vem ou no próximo Quinze de Novembro, afinal comemoraremos (??) a Proclamação da República, pendurar aquela bandeira brasileira que guardei, com muita raiva, no dia em que perdemos para Holanda na Copa da África do Sul.

Será que os vizinhos pensarão que endoidei? Mas alguém tem de começar. E por que não você também?