Ontem foi o Dia do Aperitivo: Dia de Paul McCartney And Wings: One Hand Clapping: Que delícia de documentário!
Acompanhar um pouco do processo criativo de 1974, ouvir os depoimentos e as músicas que continuam tão atuais é um presente!
Sou suspeita para falar de Paul McCartney. Ele, para mim, é como aquele vinho especial com denominação de origem. Sim, sou uma fã um pouco fora da caixinha. Infelizmente, não fui ao show de 1993 aqui em São Paulo, mas, desde 2010, dou um jeito de viver essa experiência única que é um show dele. Aliás, depois de qualquer show do McCartney, a régua de exigência para outros shows sobe bastante.
Com o tempo a voz ganhou outros timbres e o seu carisma só se intensifica.
Ontem, no cinema, foi difícil me conter balbuciando as músicas e tamborilando os dedos, pois a vontade era de cantar — e cantar alto! Não, alto é pouco... muito alto! E dançar, dançar muito.
Acho estranho quem não balança a cabeça nem um tantinho. Não posso dizer que eram a maioria, mas aqueles que estavam à minha frente pareciam imóveis. Tirei uns momentos para observar: quietinhos, paradinhos, sem nenhum movimento aparente. Como conseguem?
Voltando ao documentário, foi uma viagem no tempo, desde as roupas até as lembranças daqueles que já não estão mais conosco, como a Linda. E os comentários após os takes! Pense em uma gravação em vídeo tape — parece loucura nos dias de hoje.
E ouvir as grandes estrelas, que são as músicas! Músicas que o Macca ainda toca em seus shows atuais e que, mesmo depois de tantas audições, ainda emocionam.
A orquestra em Live and Let Die, com alguns tocando, outros lendo jornais ou fazendo um lanchinho, além de alguma graça aqui e ali — achei incrível. Na minha santa ignorância, imaginei que uma gravação com uma orquestra seria quase como uma oração em um templo, algo sagrado. Interessante como, pelo menos dentro do documentário, essa ideia caiu por terra.
E, por fim, as músicas que ele tocou ao violão naquele pequeno jardim: simples, perfeitas, cativantes.
Assim, após um vídeo tape de 50 anos atrás, eu me vi ainda mais encantada por este senhor — tão jovem — Sir James Paul McCartney. Ele sempre deixa aquele gostinho de quero mais, um sentimento que alguns fãs aqui no Brasil chamam de DPP — Depressão pós-Paul, aquela sensação de vazio e saudade que bate forte depois de um show ou qualquer experiência marcante com ele.
Próxima parada: Got Back! See you there, Macca!